A teorias Evolucionistas
“A crença de que as espécies eram
produtos imutáveis era quase inevitável enquanto se considerou ser de curta
duração a história do mundo [...] A principal causa de nossa relutância a
admitir que uma espécie originou espécies claras e distintas é que sempre somos
lentos para admitir grandes mudanças as quais não vemos as etapas”. (Charles
Darwin, A origem das espécies)
O primeiro Darwin a estudar a evolução não foi Charles, mas sim Erasmus, seu avô. Ele achava que as espécies se adaptavam ao meio, por uma espécie de esforço consciente. A teoria dos caracteres adquiridos. Mas foi seu contemporâneo Jean-Baptiste Lamarckque ficou mais famoso defendendo uma teoria semelhante, a do “Uso e Desuso”.
O primeiro Darwin a estudar a evolução não foi Charles, mas sim Erasmus, seu avô. Ele achava que as espécies se adaptavam ao meio, por uma espécie de esforço consciente. A teoria dos caracteres adquiridos. Mas foi seu contemporâneo Jean-Baptiste Lamarckque ficou mais famoso defendendo uma teoria semelhante, a do “Uso e Desuso”.
Segundo ele os órgãos se aperfeiçoavam
com o uso e se enfraqueciam com a falta de uso. Mudanças que são preservadas e
transmitidas a prole. O exemplo mais típico seria do pescoço da girafa, que
cresceria a medida que ela o estica para alcançar as folhas mais altas das
árvores. Confira na figura abaixo.
A teoria de Lamarck era
uma espécie de Darwinismo ao contrário, com os
organismos controlando seu próprio desenvolvimento. Suas ideias eram bastante
intuitivas e mais cativantes por se adaptarem mais facilmente ao senso comum.
Suas teorias sofriam de um problema de seleção das observações e sua abordagem
de carência de comprovação científica.
Comprovação essa que ele se recusou
a apresentar (e nem conseguiria). Claro, se amarrarmos o braço de um bebe junto
ao seu corpo, e o mantivermos assim por 30 anos, os músculos não iram se
desenvolver, e com o tempo vão atrofiar perdendo a capacidade de se
desenvolver. Esse adulto terá os braços com tamanhos desiguais. Mas ao
contrário do que Lamarck previa, os filhos desse homem não nascerão com braços pequenos. Assim
como as cicatrizes que adquirimos durante nossa vida não são transmitidas a
nossos filhos.
O homem e seu antropocentrismo. Mesmo quando as evidências de um planeta que era mais velho do que a bíblia descreverá se acumulavam, ainda era difícil aceitar que a o homem já teria sido “menos que um homem”.
O homem e seu antropocentrismo. Mesmo quando as evidências de um planeta que era mais velho do que a bíblia descreverá se acumulavam, ainda era difícil aceitar que a o homem já teria sido “menos que um homem”.
A teoria de Darwin
A Teoria de Darwin
Charles Darwin (1809-1882),
naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna
teoria sintética: a teoria da seleção natural.
Segundo Darwin, os organismos mais bem
adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos
adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem
adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente.
Os princípios básicos das ideias de
Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:
- Os
indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em
todos os caracteres, não sendo portanto idênticos entre si.
- Todo
organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos
descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes
chegam à idade adulta.
- O número de
indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constanteao longo das gerações.
- Assim,
há grande "luta" pela vida entre os descendentes, pois apesar de
nascerem muitos indivíduos poucos atingem a maturalidade, o que mantém constante o
número de indivíduos na espécie.
- Na
"luta" pela vida, organismos com variações favoráveis
ás condições do ambiente onde vivem têm maiores chances de
sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos
favoráveis.
- Os organismos com essas variações
vantajosas têm maiores chances de deixar descendentes. Como há transmissão de
caracteres de pais para filhos, estes apresentam essas variações
vantajosas.
- Assim, ao longo das
gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o
grau de adaptação destes ao meio.
A Teoria sintética da evolução
A Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi
formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, tomando como
essência as noções de Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções
atuais de genética.
A mais importante contribuição
individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito
antigo de herança através da mistura de sangue pelo conceito de herança através
de partículas: os genes. A teoria sintética considera, conforme Darwin já havia
feito, a população como unidade evolutiva. A população pode
ser definida como grupamento de indivíduos de uma mesma espécie que
ocorrem em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.
Para melhor compreender esta definição,
é importante conhecer o conceito biológico de espécie: agrupamento de
populações naturais, real ou potencialmente intercruzantes e reprodutivamente
isolados de outros grupos de organismos.Quando, nesta definição, se
diz potencialmente intercruzantes, significa que uma espécie pode
ter populações que não cruzem naturalmente por estarem geograficamente
separadas. Entretanto, colocadas artificialmente em contato, haverá cruzamento
entre os indivíduos, com descendentes férteis.
Por isso, são potencialmente
intercruzantes. A definição biológica de espécie só é valida para
organismos com reprodução sexuada, já que, já que, no caso dos organismos com
reprodução assexuada, as semelhanças entre características morfológicas é que
definem os agrupamentos em espécies.
Observando as diferentes populações de
indivíduos com reprodução sexuada, pode-se notar que não existe um indivíduo
igual ao outro. Exceções a essa regra poderiam ser os gêmeos univitelínicos,
mas mesmo eles não são absolutamente idênticos, apesar de o patrimônio genético
inicial ser o mesmo. Isso porque podem ocorrer alterações somáticas devidas á
ação do meio. A enorme diversidade de fenótipos em uma população é indicadora
da variabilidade genética dessa população, podendo-se notar que esta é
geralmente muito ampla.
A compreensão da variabilidade genética
e fenotípica dos indivíduos de uma população é fundamental para o estudo dos
fenômenos evolutivos, uma vez que a evolução é, na realidade, a transformação
estatística de populações ao longo do tempo, ou ainda, alterações na frequência
dos genes dessa população. Os fatores que determinam alterações na frequência
dos genes são denominados fatores evolutivos. Cada população
apresenta um conjunto gênico, que sujeito a fatores evolutivos ,
pode ser alterado. O conjunto gênico de uma população é o conjunto de todos os
genes presentes nessa população. Assim, quanto maior é a variabilidade
genética.
Os fatores evolutivos que atuam sobre o
conjunto gênico da população podem ser reunidos duas categorias:
- Fatores
que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação
gênica, mutação cromossômica, recombinação;
- Fatores
que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida: seleção
natural, migração e oscilação genética.
A integração desses fatores associada
ao isolamento geográfico pode levar, ao longo do tempo, ao desenvolvimento de
mecanismos de isolamento reprodutivo, quando, então, surgem novas
espécies. Nos capítulos seguintes, esses tópicos serão abordados com maiores
detalhes.
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