sexta-feira, 1 de abril de 2016

Cdeias e teias alimentares



CADEIAS ALIMENTARES:

Como dito anteriormente, os ecossistemas apresentam um fluxo de energia e nutrientes entre os diferentes grupos de organismos. A produção, consumo e decomposição da matéria orgânica resultam na formação de uma cadeia alimentar, na qual os organismos funcionam como etapas no ciclo destes nutrientes. Estas etapas são denominadas Níveis tróficos. As cadeias alimentares podem apresentar diferentes quantidades de níveis tróficos, pois o número de níveis de consumidores é variável entre os ecossistemas.



Nível Trófico
Ação na cadeia alimentar
Produtores
Sintetizam a matéria orgânica.
Consumidores Primários
Se alimentam dos produtores.
Consumidores Secundários
Se alimentam dos consumidores primários.
Consumidores Terciários
Se alimentam dos consumidores secundários.
Decompositores
Decompõem a matéria orgânica proveniente dos demais níveis tróficos.


O esquema acima é apenas uma generalização das cadeias alimentares. Vários ecossistemas possuem apenas 2 níveis de consumidores. Já a presença de muitos níveis de consumidores não é comum, pois existe uma perda de energia à medida que esta flui entre os níveis tróficos. É importante perceber que os decompositores não utilizam apenas a matéria orgânica proveniente dos consumidores terciários, mas sim de toda a cadeia alimentar. 

Quando uma espécie apresenta variações na sua alimentação ela pode atuar em diferentes níveis tróficos. Os seres humanos, por exemplo, são consumidores primários quando se alimentam de vegetais, consumidores secundários quando se alimentam de bois e consumidores terciários quando se alimentam de porcos e galinhas (em alguns casos, pois estes animais são onívoros).
Cadeia alimentar na qual o homem é consumidor primário.




Cadeia alimentar na qual o homem é consumidor secundário.

Cadeia alimentar na qual o homem é consumidor terciário.


TEIAS ALIMENTARES:
Como demonstrado nas figuras anteriores, um organismo pode apresentar alimentação variada e, consequentemente, ocupar diferentes posições em diferentes cadeias alimentares. O simples estudo destas cadeias não nos permite compreender a complexidade das relações de consumo dentro de um ecossistema, sendo necessário para isso analisar a maneira como estas cadeias se cruzam.

Como a mesma espécie pode se alimentar de maneira diversa ou servir de alimento para mais de um tipo de organismo, o fluxo da biomassa no ecossistema apresenta diversos caminhos alternativos. Para uma melhor visualização desse fenômeno, os ecólogos cunharam o conceito de teia alimentar. Ao contrário da cadeia, a teia alimentar não se apresenta como um fluxo retilíneo e único, mas se parece mais com um emaranhado de cadeias alimentares que se cruzam em vários pontos e nas quais os organismos podem estar em diferentes níveis tróficos.

Dado a complexidade das relações em um ecossistema, as teias alimentares são essenciais no estudo do fluxo de energia e biomassa dentro destes. Dificilmente um ecossistema apresentará uma cadeia alimentar simples que não se cruze em ponto algum com outra.

Possível teia alimentar em ecossistema brasileiro.


Na teia alimentar acima, percebam que várias espécies atuam em diferentes níveis tróficos ao mesmo tempo, por exemplo, a Coruja pode ser consumidor secundário ao predar a Cotia ou consumidor terciário ao predar o Sapo.

É importante destacar também o papel da Onça Pintada que é um predador de topo. Não há predadores naturais da Onça Pintada, e ela pode estar em diferentes níveis tróficos de consumidora, no entanto, está sempre no topo da cadeia alimentar. A biomassa desses animais não é transferida para outros através do consumo, mas pode ser reciclada pela ação de animais carniceiros ou decomposta, disponibilizando nutrientes inorgânicos aos produtores destes ecossistema. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário